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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Operação Shirak desmantela quadrilha interestadual especializada em furtos de caminhonetes


Uma operação deflagrada pela Delegacia da Polícia Civil em Rosana (SP) prendeu nesta sexta-feira (18) oito pessoas investigadas pela suspeita de fazer parte de uma quadrilha, com atuação nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, especializada em furtos de caminhonetes.

São sete homens e uma mulher que tiveram as prisões temporárias, válidas por um período de cinco dias, decretadas pela Justiça, através da Comarca de Rosana.

Além de Rosana, em São Paulo, as prisões ainda ocorreram nas cidades de Dourados, Ivinhema e Nova Andradina, no Mato Grosso do Sul.


As investigações que resultaram na Operação Shirak apuram a prática dos crimes de furto, receptação, adulteração de sinal identificador e associação criminosa.

Desde o ano passado, a Polícia Civil rastreou o envolvimento do grupo em pelo menos cinco furtos nas cidades de Euclides da Cunha Paulista, Sandovalina e Teodoro Sampaio, no Estado de São Paulo, e ainda no Paraná.


As investigações apontaram que a associação criminosa também possuía núcleos de atuação em Dourados, Ivinhema e Nova Andradina, todos municípios no vizinho Estado do Mato Grosso do Sul.


Depois de furtadas as caminhonetes, os integrantes da quadrilha desmanchavam os veículos para a revenda das peças, mediante a adulteração dos sinais identificadores. Além disso, também reutilizavam as peças em outras caminhonetes que acabavam revendidas. Para o serviço, o grupo possuía uma oficina mecânica que ficava incumbida do desmanche e do conserto das peças dos veículos a serem revendidas.


Segundo as investigações, a revenda dos produtos ilícitos contava com a participação de empresas de ferro-velho e de autopeças.

'Sinal verde' 


As investigações identificaram que um homem de 37 anos, morador de Nova Andradina (MS) e apontado como o coordenador da associação criminosa, recebia as fotos das caminhonetes que eram alvos dos bandidos e as escolhia de acordo com sua conveniência, levando em consideração aspectos como o estado do veículo, a demanda dos revendedores, a facilidade de revenda na região e a viabilidade de adulteração de seus sinais identificadores.


Após aprovar, ele autorizava o furto que era materializado com a atuação de criminosos espalhados pela região. Eles não eram contratados para um serviço específico, mas sempre aguardavam o “sinal verde” para furtarem e transportarem os automóveis.


Depois de furtadas, as caminhonetes eram levadas até o coordenador pelos próprios ladrões ou por outras pessoas que recebiam pelo serviço. Já em posse dos veículos, o coordenador avaliava se seriam revendidos ou desmanchados e suas peças adulteradas e comercializadas.


Outro apontamento feito pelas investigações é de que empresários do ramo de ferro-velho inseriam as peças ilícitas de volta ao mercado, sempre com a falsa aparência de procedência lícita, conferida pela pessoa jurídica a que estão vinculados.


“Durante o período de interceptação telefônica, foram ouvidas inúmeras ligações que bem demonstram a forma de atuação da quadrilha e como fazem a revenda de peças dos veículos subtraídos. Há fortes índicos de que outras pessoas que entraram em contato com os investigados também façam parte da associação criminosa, com robustos elementos de verdadeira organização criminosa, tendo atuação nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná”, apontou o promotor de Justiça de Rosana, Renato Queiroz de Lima, que se manifestou a favor da representação apresentada pela Polícia Civil pela prisão temporária de todos os envolvidos.

Apreensões 



O delegado responsável pela Operação Shirak, Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, explicou ao G1 que também foram apreendidos nesta sexta-feira (18) quatro veículos, peças e documentos que serão periciados, além de um caminhão-guincho que era utilizado no transporte das caminhonetes furtadas.


Ele salientou ao G1 que três dos homens presos são empresários dos ramos de ferro-velho e autopeças, enquanto a mulher operacionalizava a movimentação financeira do grupo.


Os trabalhos também contaram com o apoio da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul nesta sexta-feira (18).
Fonte: G1

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