A delegada do Núcleo de Proteção de Crianças e Adolescentes Vítimas de
Crimes, Raissa Vargas Scariot, afirmou na tarde desta terça-feira (24)
que o menino encontrado há 14 dias em Cascavel
pode ter origem paraguaia. De acordo com ela, há suspeitas de que Maria
Conceição Queiroz, conhecida como Maria Paraguaia, que disse tê-lo
achado, na verdade, intermediava uma adoção ilegal da criança, que tem
cerca de um ano de idade.
Segundo a delegada, as investigações avançaram após a divulgação da
foto do menino. Com a suspeita de que a criança pode ter sido vítima de
tráfico de pessoas, o caso será encaminhado para a Polícia Federal.
De acordo com a polícia, a suspeita foi conduzida nesta terça-feira
(24) para prestar esclarecimentos. Segundo a delegada Raissa, na casa da
suspeita, havia duas meninas, uma de nove anos e outra que não teve a
idade identificada. A polícia investiga a ligação das garotas com a
mulher.
"Ela [a suspeita] foi ouvida, primeiramente, na condição de testemunha,
de que teria encontrado a criança. Desde o início, nós achamos o
comportamento dela incomum, porém não havia nada", comentou a delegada.
Ainda de acordo com a delegada, será preciso apurar quem são os pais do
menino no Paraguai e também a família que receberia o menino.
A delegada disse que "ainda não foram identificadas, mas podem haver outras pessoas envolvidas".
O advogado de Maria Queiroz, Felipe Veloso, informou que não teve
acesso aos autos do processo. "Não conversamos a respeito deste assunto
e, em um primeiro momento, não tenho essa informação, sobre qual crime
está sendo imputado a ela", disse.
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