Símbolo nacional da fé católica, a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi alvo de um atentado na década de 70 e precisou ser restaurada após ser quebrada em 200 pedaços. Na época, a missão de 'salvar' a imagem foi dada para a artista plástica brasileira Maria Helena Chartuni.
Foram 33 dias de trabalho ininterrupto e minucioso de Chartuni para
restaurar a imagem, que atualmente fica protegida em um nicho blindado a
quatro metros do chão no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).
A artista plástica relembra que só se deu conta da amplitude do
trabalho quando a imagem foi levada de volta ao Santuário Nacional.
Nossa Senhora voltou à Aparecida no dia 19 agosto de 1978. Ela foi transportada do vão do Masp até a cidade no interior de São Paulo em um caminhão do Corpo de Bombeiros em um cortejo acompanhado por milhares de fiéis.
Atentado
O atentado aconteceu em 16 de maio de 1978 enquanto a missa das 20h era celebrada na Basílica Velha em Aparecida.
Durante a missa, o jovem Rogério Marcos de Oliveira, de 19 anos,
visivelmente transtornado, avançou em direção à Santa no altar. Saltou a
uma altura de dois metros até o cofre de ouro com frente de vidro, onde
estava a imagem. Na terceira tentativa, ele conseguiu quebrar o vidro e
pegar a imagem de Nossa Senhora.
O homem correu até a rua e apesar de ser alcançado por um guarda,
conseguiu derrubar Nossa Senhora no chão. A imagem quebrou em centenas
de pedaços. O suspeito foi detido e tratado como doente mental.
O restauro foi realizado em 33 dias pela artista plástica que na época
trabalhava no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Maria Helena utilizou
uma cola com fixação mais rápida e as partes que faltaram foram
reconstituídas.
Atualmente, a Santa está em exposição em um nicho de ouro no Santuário
Nacional de Aparecida. O local é principal ponto de peregrinação no
templo, que é o maior do país.
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