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quarta-feira, 31 de maio de 2017

"Morta" no papel, ex-moradora de rua pede justiça



                              Cristiane da Silva descobriu que estava "morta" pela polícia

Ela foi notícia em toda região e de um jeito bem incomum. No cemitério de São Carlos tem uma sepultura com seu nome. E não é coincidência. Cristiane da Silva, de 39 anos, vítima do golpe do seguro de vida disse em entrevista à EPTV Central ter ficado surpresa com toda a confusão e afirmou: foi enganada pelo ex-agente funerário. “Ele perguntou se eu não queria tirar os meus documentos e deixar guardado, mas não falou para quê. Fui ao Poupatempo, tirei fotos para o CIC (leia-se CPF) e o RG. Depois que saí de lá, nunca mais vi ele”, explicou a ex-moradora de rua.
Ela nem sabia, mas oficialmente já estava morta. E não apenas para o golpista. Ontem à tarde, a Polícia Civil foi até o cemitério Nossa Senhora do Carmo e, após fazer a exumação da sepultura de Cristiane, confirmou a fraude. No caixão não havia corpo e sim um pedaço de concreto e um saco com palha.


                           Dentro do caixão havia um pedaço de concreto e um saco com palha

A Polícia confirma a versão apresentada por ela, Diz que o ex-agente funerário fingiu ajudar Cristiane levando ela até o Poupatempo para fazer o RG e outros documentos e se apoderou da documentação para fazer os seguros de vida usando o nome dela.
A ex-moradora de rua ficou sabendo que havia sido usada para o golpe apenas quando foi procurada pela polícia. “Ele falou que só iria guardar meus documentos, então apareceu um investigador na minha casa e perguntou se eu sabia que havia sido enterrada”, contou Silva.
Assustada, Cristiane desabafou. “Eu espero justiça. Quero recuperar meus documentos e que eles paguem o que fizeram”.

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