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terça-feira, 14 de março de 2017

Fotografia de Simone indica suspeito de homicídio

Imagem encontrada no quarto do suspeito trazia, no verso, um bilhete direcionado à vítima 
 
Uma foto de Simone Moura Facini Lopes, morta na noite de domingo, 12, em Rio Preto, é o principal indício que a Polícia Civil de Rio Preto tem contra F.L.F., 64 anos, suspeito de ter estuprado e assassinado a integrante da Igreja Adventista do Sétimo Dia que fazia um trabalho de alfabetização em uma chácara no Jardim Planalto.
A fotografia, econtrada no quarto do suspeito, trazia no verso os seguintes dizeres: "Amo ela. Gosto dela. Eu gosto da Simone. A Simone é muito boa. Eu amo muito Simone". A fotografia é datada de 10 de março de 2017, dois antes da vítima ser encontrada morta na casa.

FL.F., segundo a polícia, já foi cumpriu pena pelo estupro de duas mulheres e uma criança. Os casos aconteceram em Rio de Janeiro (1995), Cruzeiro e Caçapava (1998), interior de São Paulo.
As condenações de FL.F. pelos três estupros foram cumpridas no Centro de Detenção de São Paulo e na Penitenciária de Avaré. De acordo com a polícia, foi em uma das cadeia que FL.F. conheceu J. P. S, 47 anos, outro ex-detento por crimes sexuais. Como os estupradores são odiados por outros detentos e correm o riscos de serem mortos, os dois cumpriram pena, no “seguro”, termo usado para as alas onde ficam as celas dos criminosos sexuais.
O delegado Alceu Lima de Oliveira Junior, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto, afirma que o suspeito está em liberdade desde 2014. "O que ainda não sabemos é porque ele se mudou para Rio Preto. Provavelmente atraído pelo seu antigo colega de cela, que é o caseiro da chácara onde a vítima foi morta", diz o delegado.
Para a DIG, enquanto Simone encarava a relação com FL.F. como ação evangelizadora e de alfabetização, o suspeito pensava que ela tinha algum interesse nele. Caso fique comprovado que o ex-detento cometeu o crime, ele vai responder pelo crime de homicídio qualificado, vai a júri popular e poderá pegar a pena de até 30 anos de prisão.
O crime
Simone foi morta a golpes de marreta, após ser amordaçada e estuprada. O corpo foi encontrado acorrentado a uma cama, na chácara onde fazia o trabalho voluntário. A mulher fazia trabalho evangélico e tentava converter o ex-detento, fazendo a alfabetização dele com uso da Bíblia.
A vítima foi vista chegando à chácara por volta das 11h de domingo, 12, mas foi encontrada morta às 22h. Os peritos estimam que a morte dela deve ter ocorrido quatro horas antes.
 Fonte: Diário da Região

 

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