Imagem encontrada no quarto do suspeito trazia, no verso, um bilhete direcionado à vítima
Uma foto de Simone Moura Facini Lopes, morta na noite de domingo, 12,
em Rio Preto, é o principal indício que a Polícia Civil de Rio Preto
tem contra F.L.F., 64 anos, suspeito de ter estuprado e assassinado a
integrante da Igreja Adventista do Sétimo Dia que fazia um trabalho de
alfabetização em uma chácara no Jardim Planalto.
A fotografia, econtrada no quarto do suspeito, trazia no verso os
seguintes dizeres: "Amo ela. Gosto dela. Eu gosto da Simone. A Simone é
muito boa. Eu amo muito Simone". A fotografia é datada de 10 de março de
2017, dois antes da vítima ser encontrada morta na casa.
FL.F., segundo a polícia, já foi cumpriu pena pelo estupro de duas
mulheres e uma criança. Os casos aconteceram em Rio de Janeiro (1995),
Cruzeiro e Caçapava (1998), interior de São Paulo.
As condenações de FL.F. pelos
três estupros foram cumpridas no Centro de Detenção de São Paulo e na
Penitenciária de Avaré. De acordo com a polícia, foi em uma das cadeia
que FL.F. conheceu
J. P. S, 47 anos, outro ex-detento por crimes sexuais. Como os
estupradores são odiados por outros detentos e correm o riscos de serem
mortos, os dois cumpriram pena, no “seguro”, termo usado para as alas
onde ficam as celas dos criminosos sexuais.
O delegado Alceu Lima de Oliveira Junior, da
Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto, afirma que o
suspeito está em liberdade desde 2014. "O que ainda não sabemos é porque
ele se mudou para Rio Preto. Provavelmente atraído pelo seu antigo
colega de cela, que é o caseiro da chácara onde a vítima foi morta", diz
o delegado.
Para a DIG, enquanto Simone encarava a relação com FL.F. como
ação evangelizadora e de alfabetização, o suspeito pensava que ela
tinha algum interesse nele. Caso fique comprovado que o ex-detento
cometeu o crime, ele vai responder pelo crime de homicídio
qualificado, vai a júri popular e poderá pegar a pena de até 30 anos de
prisão.
O crime
Simone foi morta a golpes de marreta, após ser amordaçada e
estuprada. O corpo foi encontrado acorrentado a uma cama, na chácara
onde fazia o trabalho voluntário. A mulher fazia trabalho evangélico e
tentava converter o ex-detento, fazendo a alfabetização dele com uso da
Bíblia.
A vítima foi vista chegando à chácara por volta das 11h de domingo,
12, mas foi encontrada morta às 22h. Os peritos estimam que a morte dela
deve ter ocorrido quatro horas antes.
Fonte: Diário da Região
Nenhum comentário:
Postar um comentário