O pai do menino Joaquim Ponte Marques, morto em 2013, afirma ter investido R$ 2 mil em anúncios para localizar o principal suspeito do crime, que está foragido.
O técnico de T.I. Guilherme Longo, padrasto de Joaquim, foi preso um
mês depois da morte do garoto e é considerado o principal suspeito do
crime. Ele está foragido desde setembro de 2016, depois de ter um habeas
corpus concedido.
O produtor de eventos Arthur Paes, mora em São Paulo e veio a Ribeirão
Preto, onde o caso da morte do filho é investigado, para cobrar a
Polícia Civil, que segundo ele estaria "parada". "Não sou obrigado a
fazer isso, porque eu tenho o direito de receber uma resposta do Estado,
e não recebo. É o assassinato de uma criança de três anos, como se
tivesse sido a coisa mais natural do mundo. Eu não durmo, simplesmente
não durmo", diz Arthur.
Revoltado com a situação, o promotor de eventos criou uma página no
Facebook para receber denúncias e paga entre R$ 10 e R$ 50 por anúncios
veiculados na região de Ribeirão Preto e Palmas, no Tocantins, onde
vivem parentes de Guilherme. Os anúncios são ainda veiculados em cidades
na divisa do Brasil com o Paraguai. As propagandas chegam a ter o
alcance de 500 mil visualizações.
"Eu tenho recebido muitas informações, denúncias, e repasso para a
Polícia Civil. Inclusive, algumas já estão sendo investigadas. Esse
retorno me traz um pouco de alívio, porque estou agindo com as minhas
próprias forças. Não posso ficar esperando. Quero justiça", revela
Arthur. O promotor de eventos acrescenta que arrecadou R$ 9 mil com
amigos para instalar 6 outdoors em Ribeirão. As propagandas mostravam o
rosto de Guilherme e os telefones do Disque Denúncia.
"Percebi que a polícia só começa a trabalhar quando estou em Ribeirão,
mas, depois, para de novo. Até parece que não tem meios para localizar
esse cara. É revoltante não ter uma notícia em quatro meses. Eles não
estão procurando, estão esperando cair no colo", reclamou Arthur.
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